Todos.

Todos eles têm chão
Todos eles têm pão

Muitos deles tem olhos
E outros não têm coração

Todos eles têm o dia a noite a tarde
Todos eles têm tudo todo dia

Muitos deles num tem quase nada
E outros o nada não é nada

Eu tenho a rua , a pulta da esquina da central
Eu tenho comida jogada no chão, não faz mal
Eu tenho a vida que tu não tens
Não é sortida não tem dó e não tem bens

Todos eles têm pai
Muitos deles nem mãe

Outros carregam o ódio
Poucos carregam o bem

Sou mendigo de rua da praça, sou filho da pulta aos olhos dos que passam
Sou mendigo de casa, mansão, levado ladrão continuo sendo visto com os mesmos olhos sou pagão

E agora pra que eu vou ser ?
Se agora nesta vida já sei que vou morrer.

By Fabio Terranova 04/09/03 00:55

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