Alou.


Surtava... vi uma luz em meus olhos não enxergava nada, ia instintivamente seguindo o que se passava em minha mente, vozes distantes sem entender o que estava sendo dito, não queria eu parar seguia meu instinto e as imagens que vinham.

Olhava pro lado parava tudo... Pegava ligava... ”Alou” e apenas desligava aquele simples tom de voz, uma simples palavra eu conseguia sentir e prever como você estava.

Marcava um rumo, um destino pra onde ir, suava de tanto nervoso e no meio do caminho eu mudava tudo sem medo e quando me dava conta estava à sua porta... ”Alou” e apenas desligava. Não sabia o que fazer o coração acelerava a ponto de eu não conseguir respirar, via minhas mãos geladas e o corpo enfraquecido, respirava por alguns minutos e saia dali.

Pra onde? Não sabia. Fazer o que? Não sabia. O Por quê? Sim... Este eu sabia e sei até meus dias de hoje.

Numa tarde de sábado estava sem nada a fazer, sabia eu que não podia ficar um segundo se quer parado pra não adoecer, fui ao final de tarde dar uma volta na Praia, não me rendeu muito tempo e vi novamente esta luz ofuscando tudo que estava diante de meus olhos e quando me dei conta estava à sua porta, “Alou”... Dei um segundo e respondi, tentei conversar, trocamos algumas palavras, veio de imediato sua insegurança e ingratidão. Declarei que estava à sua porta, insatisfeita e ao mesmo tempo nervosa recusou a me receber, desligou e segundo após sua ansiedade era imensa, não parava de vir à porta, olhava pela janela do quarto e ao mesmo tempo não conseguia me ver, pois se quer sabia onde eu estava,parava...olhava...saia...voltava olhava de novo. Dei uns segundo e sai dali segui para estrada não sei onde dormir e como fui parar no mesmo ponto da Praia que havia deixado a algum tempo atrás.

Passaram-se sete dias sai... Peguei a estrada se quer me dava conta da alta velocidade que andava e em muitos segundos via tudo congelado, parecia que era uma foto que estava em meu pára-brisa,movimento constante e não percebia, quando me dei conta estava eu à sua porta... ”Alou” não era sua voz, presumi que não estivesse em casa, segundos após vejo chegar soltaste de um carro junto de seus parentes, seu cabelo estava ondulado, seu vestido rosa, bolsa na mão, óculos e um sorriso na qual eu conhecia e sabia que este não era real. Não conseguir ver seus olhos, sai e parei mais adiante, olhaste, mas não sabias quem estava dentro do carro, entrou em casa em seguida. Naqueles segundos pensei em sair do carro e dar de frente com ela, mas sabia eu que a reação de sua mãe seria ficar assustada isto a deixando também assustada, engoli o choro e desci a ladeira, fui embora.

Dormi um dia todo, dopado aquilo consumiu todas as minhas energias. Algumas datas importantes pra mim aproximaram-se Natal, fiz tudo à minha família a mim mesmo nada me agradava. To aqui restam poucos dias se passaram centenas de dias estes a frente será apenas mais alguns, mas minha determinação não vai acabar e irei voltar e fazer o tempo agir.

By Fabio Terranova 29/12/2009 15:56

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