Até os dias de Hoje


Eu sei que o mundo irá completar sua volta, e a vida terá o seu ciclo normal...
As coisas que não lhe deram chance de falar irão vir nítidas em suas faces.
Naquela noite eu quis fazer tudo pra te proteger, briguei pra ver sua reação de força e juntar esta mesma comigo e conseguirmos sair seguros daquele local que eu desconhecia.
...E eu dizia o tempo todo “Por favor me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”. Te segurei a face pra fazer você acreditar em mim, pois eu não estava em segurança e meu maior medo é por você em mesma situação, pra isto eu reagi forte para te provocar à reagir e me ajudar.

...Saiu der repente ... em um lugar insalubre , assustada e sem rumo, não poderia eu nunca deixá-la fazer isto, pra isto se segurei no braço .
...E eu dizia o tempo todo “Por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, vamos embora daqui, não faça isto, volte!”
Reagiu, berraste comigo e saiu...
Não poderia eu deixá-la ir, segurei seu cabelo, o vento gelado batia em meu rosto e via cada vez mais o lugar voltando as vistas em nossa direção.
...E eu dizia o tempo todo “Por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, vamos embora daqui, não faça isto, volte!”

Aproximam-se pessoas nas quais não sabíamos as intenções e muito menos por que estavam ali, “O que ta acontecendo ai!”, eu apenas sabia que não era seguro pra nós estarmos ali aquela hora e nas condições sociais que estávamos vestidos para o ambiente.
Viraste você em direção pra quem nunca viste, não saibas quem era, e em uma simples frase nos põe em risco...
“Não ele ta me agredindo!”.
Eu gelei, não imaginava de teres esta reação, vi duas cenas nítidas em minha mente:
...sacarem uma arma e dispararem contra mim, levarem você para um canto e lhe estuprar.
Lembro-me nitidamente que seu olhar, primeiramente olhaste pra quem disse esta frase e em seguida seu olhar deu de frente com o meu, e nele estava nítido o medo em você de eles terem alguma reação contra mim e o quanto inconseqüente foram suas palavras.

Eu fui calmo, lhe disse uma simples frase... ”Tens certeza do que estais fazendo?”.
Eu não tive resposta, deixei um taxi encostar e você ir embora.
Com quem não sei como não sei com que valores não sei.
Deixaste-me sozinho no desconhecido, preocupando-se apenas com o se “eu” e nas condições a eu ter que me virar pra reverter a situação perante aos demais.

Passou um flash de todas as palavras que lhe disse durante este percurso pra de imediato tentar entender o porquê saíste daquela forma, lembro de todas nitidamente...

“Porra para de ser fresca... por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”.
“Acho que você não entende o fato de eu estar perdido... por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”.
“Ao invés de ficar chorando e fazendo cú doce veja alguma placa... por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”.
“Você acha que tenho eu obrigação de saber tudo quanto é caminho?... por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”.
“Sei lá! Vou por aqui. Acho que sai em algum lugar, será que podes ver se conheces aqui?... por favor, me ajude, você tem que estar do meu lado, eu estou perdido!”.

Eu não merecia ter que deparar-me com a frase que disseste aquelas duas pessoas desconhecidas. Mesmo assim eu liguei me virei sozinho e fui até sua porta de casa 2 horas depois, era 04h25min da manhã, queria apenas saber se estavas em segurança.
Não abriram a porta pra mim... ”Fique tranqüilo, durma ai fora, aqui é um lugar tranqüilo” fora a frase que ouvi da pessoa que atendeu o telefone na qual não era você.
Na manhã seguinte bateram na janela do carro que havia eu pegado emprestado pra levar-te ao casamento, além de ter pensado que poderia ter quebrado o carro todo após aquela maldita frase, levantei e minha primeira palavra foi perguntar por você, como estavas.

Respondi tudo que me perguntaram, ouvi todas as acusações vindas de sua versão, não tinha eu mente pra nada, queria apenas saber se estavas bem.
Não tinha condições físicas de ir pra minha casa muito menos mente pra isto...
Restou-me apenas uma mesa suja no quintal com um monte de coisa velhas, deitado eu humilhantemente em um lugar de insumos inutilizáveis.

...Não vieste se quer me oferecer um canto melhor, pra eu me acordaste, viste apenas dizer pra retornar ao meu lar, não pensaste que estavas ali apenas por que queria ter você perto, preocupado com você, em momento algum me deste socorro, se quer pensaste em ver o quanto humilhante estava sendo pra mim estar ali, se quer soubeste analisar o que fiz foi apenas pra ter sua presença perto de mim, se quer pensaste que tudo que fiz foi pra lhe defender.
Passou um tempo, me levantei e fui para o carro, e diz uma ultima frase...

“Mãe me ajude, não quero perde-la eu sei que tudo que fiz foi para querer defender ela”.
“Eu vou meu filho, vá pra casa descanse”.

A partir dali, não me disseram se quer uma palavra ou telefonema pra saber como eu estava depois disto tudo.

Passei por mais dois tormentos imensos, um deles envolvendo a perda de um grande amigo, mesmo assim semana após semana espero este retorno, semana após semana eu ouço apenas seu orgulho falar mais algo.
Lembro-me de todas as brigas, até mesmo que tivemos durante o festival de Jazz, e me disseste que estaria eu perdoado, e logo depois desta cena dissertada anteriormente, ouço você ao telefone semanas após que nós terminamos no festival, lá tudo havia acabado.
Dar-me a entender que as duas semanas subseqüentes foste falsa comigo, a ponto de fazermos tudo como se tivesse tudo bem, nosso amor na cama, nossas vontades e costumes... E usaste este ultimo como cenário perfeito para este desfecho.

Eu não consigo acreditar nisto até os dias de hoje.

By Fabio Terranova 10/10/2009 23:44

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