A semente

Peculiar seu jeito, estranho pra mim esta reação na qual me põe a recuar.
Vai embora, volta, fala, continua a mesma distância, nada mudou.
Horas perdidas de sono, faltas, faltas e faltas do que? ...
Embora quisera eu resolver tudo do meu jeito, mas sempre deu certo, mas minha própria mente entra em conflito comigo mesmo. Quando se torna fácil já tenho em primeiro plano a final. Do que? ...

Sono que não vem, noite que demora a passar, luz da manha que não esquenta o quarto frio e escuro. Olhos abertos não fazem diferença alguma, apenas da mais uma emoção a de sentir-se cego. Cego de que?

Daquilo que o meu eu não me deixa ver. Cego prefiro ficar do que cair num abismo sem saber onde vai parar mesmo tendo ido tão fundo por várias vezes e ter encontrado forças para voltar. Se soubesse que cairia de novo não faria questão de voltar, me arruinava mais ainda.

Sono não vem às 14 horas, dia ainda, tédio por não ter nada a fazer, até tem, mas a mente fica bloqueada, não surge afazeres, o telefone não toca, o peito aperta, tento adiantar a noite hora de sair pra um lugar apenas pra encontrar um mau , o mau que não quero ver quer estar sendo mau, apenas trocar palavras, palavras e sorrisos tímidos, ver face a face a semente que seria o melhor mau da vida pra mim. Sabendo que o mesmo poderia acabar comigo. Que bom!

Este cordial ser não tem vistas voltadas pra mim, não tem sentimento, não tem nada, não tem o “não” e nem o sim. O sim diversas vezes fica a ponto de vir, mas a imagem do não sempre estampada.

Medo ótimo sentimento que coloca todos a recuar, coragem às vezes torna-se covardia a fim de teres o que quer, apenas a semente da vida. Se não vieres morrerei, se vieres morrerei por não agüentar o dia da ida para outro plano.


By Fabio Terranova 20/09/04 22:42

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