Cegueira

Passei tempos tentando entender-me, não fui feliz e provoquei infelicidades;
Passei noites em claro, vazio e uma agonia me assombrando a mente!
Livrei-me de qualquer contato extra conjugal, pra não haver um declínio!
Mesmo assim não fui feliz, perpetuei sempre fiel ao meu sentimento pela pessoa amada,
E a mesma nada fez, redeu-se por ser frágil aos braços de outro.
Culpa minha? O que fizeste eu pra não merecer dela o sentimento de respeito a si mesma por me amar?

Não estou feliz por saberes que és frágil à solidão, que certamente é temporária em nosso amor que és eterno.
Não durmo, e minha mente acaba me assassinando pro pensares que teus sentimentos podem fugir a qualquer olhar destruído ou briga conjugal. Enquanto isso... Sinto a cada noite morrendo em pedaço de mim, como se estivesse deitando sobre um punhal afiado direcionado ao meu peito e imaginando que poderia ser teus braços à me amparar, devido a não ter mais forças pra levantar e livrar-me dessa ponta.

Se errei é por que fui frágil, mas meu principal erro foi não ter conseguido fazer-lhe feliz e não seres o homem ideal e perceber que és intolerante aos meus erros.
Pois nunca é fácil rever as coisas boas, as brincadeiras, a timides da descoberta de nossos corpos e o extremo de nosso prazer. Nunca foi tão difícil rever meu sorriso ao lhe ver, perceber meu silencio por admirar tua delicadeza e deslumbra em felicidades quando me ver passar, chorar ao me ver tocar minha musica e arrepiar-se ao sentir meu toque em seu corpo.
Pois nunca é fácil rever nunca!
Rever meu jeito desajeitado pra te agradar, minhas flores que chegam sempre murchas, minhas palavras de carinho que são poucas, minha forma de carinhos que são desprezíveis pro você.
Nunca foi tão dificio rever uma simples folha seca que guardara em sua agenda, um chocolate, uma aliança de lata vagabunda, um desenho de sua caricatura feita num guardanapo.
Sem menos esperar uma cotovelada no nariz em pleno breu da noite que recebi, um esbarrão que quase rola trilha abaixo, ser enforcado por meia hora num barco com o mar bravo. Um fim de tarde num pronto socorro em pleno shopping. Levar-te de bicicleta velha pra seu local de repouso, sem falar de no meio do caminho parar num quiosque pra satisfazermos de nossas loucuras sexuais...
Pipocas jogadas em sua face numa sala de cinema...

A ponta de um sofá quebrado que a faz perder a pose!
Suas roupas provocantes antes de tudo...
E se me perguntarem “o que fizeste fim de semana?” Responderei fiz a minha barba mais gostosa!
Um simples pedido de polenta num almoço em uma ilha, o primeiro passeio de moto que quase tive as coletas esmagadas pelo teu braço.
Suas pernas tremendo no banco do carro ao alisá-las e em seguida levar-te pra casa, uma foto mal tirada onde ficaste cortada em outra ilha junto a família. O primeiro peixe na linha de pesca abordo de um barco velho, purê de batata...

Ainda por vir sujeitar-se a me tornar ator pra estar trabalhando ao teu lado, passar uma tarde inteira em uma universidade e trabalhar pra algo acontecer na semana seguinte, me perder em Copacabana pra analisar um grupo seu de trabalho etc. etc. etc....

Sem falar das loucuras e aventuras sexuais em baixo de cobertas numa casa de praia, num carro em movimento onde “dormia”, por fora em quartos conjugados etc.
E uma rosa que não arranquei, mas lhe ofereci com carinho e amor.
Revejo sempre estes momentos e sem me preocupar com uma ordem cronológica

Eu continuo sego as brigas e feliz por estas acontecerem...
E continuo enxergando sempre momentos gloriosos e assim reforçando a idéia de que é impossível continuar a vida sem você.
Estas palavras ressumem-se em apenas 2 páginas e em minha mente és uma vida inteira.

By Fabio Terranova
26/04/06 16:26

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