Eu e o Inferno

Nem o tempo, nem o nada, nem o vento, tal menos a escada das trevas.
Anos se passaram, mas foram muitos e nada se realizou como desejavas.
Ficaram apenas na mente

Será que Deus fora injusto comigo? Cadê? Cadê aquilo tudo que sonhavas
Pra que me deste o poder de raciocinar, acho que simplesmente para eu ser vitima de seu sarcasmo barato, na qual me põe mel e depois o amarga em meus lábios.

Para que lhe chamar então de pai? Que pai é este? Que só me tens amostrado perdas, justo para quem tem o grande poder de imaginar e acabar no final um perdedor.
Se vós éreis filho deste também, desista, por que sua paciência esgota e você parte pro inferno, de onde vem tudo mais barato.

Nem o vento que sopra meus cabelos me deixa ver longe, mais uma traição de seu poder, deixar-me sego, nem o tempo me deixa caminhar. Como? Se a qualquer momento posso vir a morrer, outra de seu sarcasmo. Nem o nada, no qual é uma carta que ele não sabe jogar, simplesmente não tens nada, então não precisa preocupar-se.

Deste-me o poder de fazer novas vidas, divindade aos que acham bonito, daí vem o mesmo tendo a esterilidade para bater de frente.
Será que nascemos para ser testados a vida inteira?
Sonhos apenas ficam no lugar onde fora criado, não sai disso. Quem faz, realiza até aquilo que jamais fora sonhado, será uma retribuição por toda a sacanagem que lhe aprontas-te durante toda sua vida.

Ai vem a hora que ele fala... Filho ora de dar a “mim” tudo que fizeres durante sua vida, você só tens para si mesmo a podridão da sua matéria, e mediocridade lacrimejando sobre a terra que puxa toda energia negativa pra dentro de si, no máximo que retribui é grama.
O que fora pra dentro da mesma que retribui com lindas flores?

By Fabio Terranova 28/09/04 22:55

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